Moda Afro - a influência cultural africana na moda brasileira
A moda brasileira tem diversas influências culturais que mostram as bases das nossas origens. A cultura brasileira é o resultado do encontro de vários povos ao longo da nossa história. Mas os indígenas nativos, os portugueses e os africanos são nossas principais raízes. Isso pode ser comprovado na nossa culinária, na música, na arquitetura e claro, na moda.
Depois de escrever uma série de textos que falam sobre a arte, a influência e a herança cultural dos povos indígenas na moda brasileira, iniciamos aqui no blogModacad essa nova série de textos para investigar as influências dos povos africanos.
Vamos falar sobre o grafismo, desenhos e cores que fazem parte dessa cultura e, para mergulhar ainda mais nesse universo da Moda Afro, vamos falar também da estamparia de tecidos e dos modelos de roupas originais dos povos africanos.
Queremos identificar como toda essa fascinante cultura foi incorporada aqui no Brasil e mostrar a história de como ela faz parte de nossas vidas desde então.
Neste primeiro texto vamos falar sobre como a Moda Afro brasileira é uma poderosa forma de resgatar a ancestralidade dessa cultura por seus descendentes e de como ela é também instrumento de resistência na luta contra o racismo.
A valorização da cultura africana na moda brasileira é uma das formas de resgatar a ancestralidade das pessoas pretas (Crédito:Igor Alecsander/iStock)
O senso comum fala da África como se ela fosse um país, com um só povo. Mas a África é um continente! E sua diversidade e riqueza cultural é uma das maiores entre os seis continentes do mundo.
Na África, cada país tem várias tribos e cada tribo tem a sua própria cultura, com seus próprios comportamentos sociais, sendo um deles a forma de se vestir.
As combinações de cores, desenhos e grafismos estampados nos tecidos, a forma como os tecidos são enrolados ao corpo e à cabeça, as roupas e os acessórios da cada tribo são únicos, mesmo quando consideramos algumas semelhanças entre tribos de uma mesma região.
É um desafio e tanto sintetizar toda essa riqueza para identificar a sua influência na moda brasileira.
De acordo com o livro O Africano que existe em nós brasileiros, da escritora Julia Vidal, os primeiros escravos que chegaram ao Brasil, no início da colonização, vieram das tribos fulas e mandingas da colônia portuguesa Guiné.
Representação dos navios negreiros (Crédito:Grafissimo/iStock)
Além dos escravos de tribos da Guiné, foram trazidos à força para o nosso país escravos de muitas outras tribos. Entre elas podemos destacar algumas cuja influência em nossa cultura podemos identificar até hoje, na nossa vida cotidiana.
A nação Bantos, por exemplo, composta de muitos grupos étnicos diferentes, exerceu uma influência notável.
Trouxeram para a nossa cultura alguns instrumentos de sopro e grande parte dos grafismos e desenhos que usamos nas nossas estampas afro mais tradicionais. Mas sua importância se destaca muito mais por serem a origem do samba e dos jogos de luta, sendo um deles a capoeira.
Dá para imaginar o Brasil sem o samba ou sem a capoeira?
Roda de capoeira, um patrimônio da cultura brasileira (Crédito:VelhoJunior/iStock)
Além dos Bantos, os povos Nagôs também se destacam. Eles trouxeram lendas, mitos e tradições religiosas, como por exemplo o culto aos Orixás. O culto religioso africano a estas divindades do Candomblé no Brasil se ramificou e é inclusive a raiz da Umbanda.
Também são da cultura nagô os trajes usados pelas baianas e os instrumentos usados nas rodas de capoeira e samba.
A identidade religiosa de um povo é o seu reduto de resistência mais poderoso, porque representa muito mais do que a tradição dos rituais. As divindades de um povo são a representação de seus valores humanos respeitados na vida em comunidade.
Aqui no Brasil, esta identidade religiosa africana fez mais do que resistir por séculos de perseguição e clandestinidade, ela provocou o fenômeno social e histórico do sincretismo religioso.
Este fenômeno opera uma comunhão de valores religiosos tão profunda entre as religiões africanas e indígenas e o catolicismo europeu, que culmina no estabelecimento de uma representação direta entre as divindade africanas e os santos da igreja católica europeia.
Em outras palavras, o orixá Ogum representa São Jorge e vice versa. Oxóssi representa São Sebastião ou Santo Antônio e por aí vai. Mas para se ter uma ideia do quão profunda é esta comunhão, Oxalá representa Jesus Cristo ou o Senhor do Bonfim e Nanã Buruquê representa a Nossa Senhora Sant’Ana, a mãe de todas as outras Nossa Senhoras, que também têm suas próprias representações no sincretismo religioso brasileiro.
É importante destacar aqui que, por tudo isso, a influência religiosa africana está sempre representada nas cores e símbolos de todas as festas populares da religião católica, além das festas populares do Candomblé e da Umbanda.
E como nossas divindades e devoções estão presentes na nossa vida cotidiana, nem percebemos mais como estas cores e significados estão presentes em nossas casas e em nossas roupas também.
Cerimônia de Umbanda em devoção aos Orixás (Crédito:Global_Pics/iStock)
Contrariando a visão superficial da cultura africana ensinada nas aulas de História do Brasil, os povos africanos escravizados pelos europeus não eram primitivos.
Há civilizações africanas subsaarianas que antecedem a importantes civilizações, como por exemplo a civilização grega. Isso sem considerar que a África mediterrânea é a pátria de uma das maiores e mais antigas civilizações do mundo, a civilização egípcia. Mas isso é uma outra história.
Então, podemos afirmar que é comprovado historicamente que, desde o início do tráfico de escravos para o Brasil, muitas culturas africanas tinham o domínio de conhecimentos avançados de matemática, arquitetura, medicina, arte e sua tecnologia de confecção de roupas refletia estes conhecimentos.
Inclusive, é importante registrar que aqui no Brasil, os africanos escravizados produziam suas próprias roupas e com o tempo passaram a produzir as roupas dos colonos também.
As roupas usadas pelas pessoas pretas no período da escravidão eram produzidas por elas mesmas. (Crédito:Gravura "Banhos de cabelos"/ Domínio Público)
No entanto, mesmo diante de tudo isto, é a arte africana que merece um destaque especial quando o assunto é Moda Afro!
Afinal, o que identifica os principais ícones da Moda Afro no imaginário das pessoas é a estética dos desenhos, do grafismo e das cores das muitas formas das artes plásticas africanas.
A pintura, a cerâmica, a cestaria, a escultura, a estética de utensílios e armas, que contam a história dos diversos povos que habitam ou já habitaram a África, estão representados nas imagens estampadas em seus tecidos, nas formas e cores de seus belíssimos acessórios e de suas pinturas corporais.
A Moda Afro brasileira e a cultura africana de raiz
O uso de lenços e cangas amarrados ao corpo, de acessórios e roupas de renda em dias de festa, as pulseiras e colares muito coloridos, algumas combinações de cores e até mesmo algumas estampas, já estão a tanto tempo incorporadas à nossa cultura, que não as consideramos itens da moda daquele momento. Muito menos as consideramos itens da moda de um determinado tema como a Moda Afro, por exemplo.
Mas precisamos de saber e ensinar que tudo isso e muito mais veio da arte e da cultura africana para nós brasileiros!
Uma das técnicas mais cruéis de submissão dos escravos ao cativeiro é a destruição da sua memória. Esta prática é tão poderosa que é considerada fundamental na manutenção da escravatura ao longo da história da humanidade, no mundo todo.
No Brasil, os escravos recém-chegados eram proibidos de viver e se comportar de acordo com tudo o que conheciam do mundo. Não podiam sequer produzir o necessário para a sua própria sobrevivência, quem dirá cantar, cozinhar, rezar à sua devoção e ensinar a sua cultura para os seus descendentes.
Mas esta privação de liberdade é tão avassaladora, que os escravos defenderam seus conhecimentos, sua cultura e sua fé na clandestinidade, sob pena de castigos severos e até da própria morte se fossem descobertos.
Apesar de toda esta força e luta, com o tempo de permanência na escravidão e o nascimento das gerações seguintes em cativeiro, foi impossível conter a perda de parte dos conhecimentos e cultura originais, bem como de conter a incorporação de conhecimentos e cultura de seus feitores.
Em meio a este processo de miscigenação cultural, podemos avaliar a força da identidade dos povos pretos africanos pela abundância da nossa herança de suas culturas. Essa força fica ainda maior quando entendemos que todos estes saberes sobreviveram e se perpetuaram na clandestinidade até muito depois da abolição da escravatura.
Falando mais especificamente de beleza e moda, fazem parte desta herança um vasto universo de costumes além do uso de acessórios e roupas decorados com as figas, búzios, moedas e conchas tão presentes na moda brasileira.
Mas um destaque muito especial vai para as miçangas africanas! Em sua origem, simbolizavam riqueza e proteção. Podemos supor que simbolizavam duas coisas tão poderosas pelo impacto de sua beleza.
Com a miscigenação cultural causada pelo tráfico de escravos, as miçangas exerceram o seu fascínio nos europeus aqui no Brasil, em outras colônias e também no continente europeu.
Elas foram incorporadas pelos nossos índios nativos, que mantiveram o uso de miçangas na sua cultura por todos estes séculos, de tal forma que podemos supor que a miçanga já está incorporada à memória coletiva de suas origens.
Outra influência marcante na nossa cultura, nem sempre bem identificada por todos nós, é a renda branca das roupas de festas religiosas africanas. Sabemos por exemplo, que a renda é usada nos trajes das mulheres da Umbanda para barrar energias negativas e purificar os trabalhos que serão feitos nas sessões.
Mas a relação desta tradição africana com a nossa memória coletiva do uso de roupas de rendas em ocasiões importantes e em festas comemorativas não é muito clara. A beleza das rendas pode conferir a suntuosidade que as roupas para este tipo de ocasião necessitam. Mas o formalismo está fortemente ligado à ideia de respeito que o uso das rendas em rituais religiosos confere a ela em sua origem raiz.
Mulheres em cerimônia no Candomblé usando as roupas brancas de renda (Crédito:Global_Pics/iStock)
A recente tradição brasileira de vestir branco no réveillon veio da tradição do Candomblé de vestir branco antes de entregar oferendas no mar a Iemanjá, para pedir proteção e alcançar graças.
Só nas últimas décadas do século XX este ritual religioso do Candomblé sai da clandestinidade e vem a público nas praias brasileiras. O miscigenado povo brasileiro aderiu de tal forma a esta tradição africana, que o uso do branco nas festas de réveillon se consagrou mesmo quando não há o culto à rainha do mar na comemoração.
Alguém aí sabe porque acreditamos que traz sorte pular sete ondas de mar nos primeiros momentos do ano novo? Porque comer este ou aquele alimento é bom para trazer fartura e prosperidade?
Quantas outras tradições fazem parte das nossas vidas a tanto tempo que sequer nos perguntamos mais sobre as suas origens?
Moda Afro contemporânea e resgate da ancestralidade afro-brasileira
Do ponto de vista estético, a Moda Afro pode ser definida como o estilo que desenha leituras e releituras do vestuário africano, coloridos e estampados com os temas de tribos africanas, resgatando comportamentos e costumes da cultura africana, incluindo modelos e acessórios não muito comuns na vida cotidiana do povo brasileiro.
Este estilo conversa também com a miscigenação cultural consagrada na nossa sociedade, quando estampa e colore peças de roupas comuns no cotidiano das pessoas, tais como as camisetas e peças de jeans, entre outros.
Até porque os próprios criativos pretos são brasileiros, filhos deste "caldo" cultural de cinco séculos de misturas, que só nos últimos duzentos anos, misturou muitas outras etnias ao povo brasileiro.
Nos próximos textos da série vamos falar deste estilo mostrando a sua estética.
Modelos de tecidos afro(Crédito:Artush/iStock)
Do ponto de vista antropológico, a Moda Afro é a moda produzida por pretos, para pretos e não pretos, que realiza o resgate da estima e reputação da cultura dos brasileiros afrodescendentes na nossa sociedade como um todo.
O resgate que faz justiça à importância da cultura africana na construção da estrutura de conhecimentos que formam a cultura brasileira.
A produção de moda com influência da estética e da cultura africana feita por empreendedores e criativos que não são afrodescendentes não são mais consideradas Moda Afro.
A discussão sobre o pertencimento do "lugar de fala" dos pretos denuncia a histórica invasão deste lugar pelos não pretos, trazendo a público a discussão sobre a apropriação cultural.
A voz que conta a história dos pretos pertence a quem vive "na pele" a exclusão social de uma sociedade que eles mesmos também construíram com seus conhecimentos e muito trabalho.
Lembrando que esta importante discussão não se limita à apropriação cultural afro-brasileira. É uma discussão que abre debate sobre a descaracterização contínua de toda a cultura que sobreviveu a duras penas à destruição da memória dos povos afrodescendentes e dos povos indígenas.
Uma das respostas a esta descaracterização das culturas africana e indígena é ensinar ao povo brasileiro a verdadeira origem das nossas tradições.
A voz dos integrantes desta parte da nação brasileira precisa retomar o seu "lugar de fala"!
São eles os sujeitos do caminho que vai ensinar a todos nós sobre a força e o valor de suas culturas nas nossas vidas. São eles que vão mudar o mapa étnico do conceito de povo brasileiro.
Conclusão
Por Lívia Monteiro
A Moda Afro é uma grande ferramenta de resgate da autoestima, amor próprio e expressão do povo preto.
A identidade visual afro na moda ajuda as pessoas pretas e pardas a conhecer, ainda que subjetivamente, a história que nos foi ocultada pela destruição da memória de suas raízes e descendências. História ocultada por tantos crimes como os da separação de pais e filhos e da destruição dos documentos de suas trajetórias.
Usar essas cores, desenhos e grafismos é uma forma de honrar os ancestrais africanos dos brasileiros, uma vez que não conhecemos o país de origem das muitas famílias das pessoas pretas do nosso povo.
É muito comum ouvir histórias de antepassados portugueses, italianos, espanhóis e até alemães aqui no Brasil, mas dificilmente você conhecerá algum brasileiro afrodescendente que sabe exatamente de qual país africano seus antepassados vieram.
O poder e elegância da Moda Afro (Crédito:Svitlanamiku/iStock)
Para mim, essa crescente valorização e empoderamento dos chamados afro empreendedores é uma poderosa arma de combate ao racismo.
Tanto para quem produz, quanto para quem consome, a Moda Afro valoriza a sofisticada beleza da arte africana e aumenta a autoestima das pessoas pretas e pardas vendo a sí próprias e a todas as outras pessoas vestindo o estilo da sua ancestralidade.
É nítido que em todas as áreas de maior destaque da moda ainda não existe um espaço realmente inclusivo e receptivo para pessoas que não sejam brancas.
A moda no Brasil e no mundo, ainda precisa encarar com naturalidade a presença de pretos nas funções de maior protagonismo dos negócios de moda. Tanto na criação, quanto no empreendimento, pessoas pretas ocupando os espaços de gestão e liderança vão criar novas faces no ecossistema de moda.
E para que isso aconteça e a inclusão se torne uma realidade, são necessárias ações focadas e bem organizadas, movimentos e entidades que trabalhem para criar espaços, para exigir mais paridade na moda. Movimentos e entidades que fortaleçam os negócios de Moda Afro. Que fortaleçam este lugar de fala da diversidade e da pluralidade dos corpos e mentes.
Movimentos e entidades que promovem a Moda Afro no Brasil
Por Lívia Monteiro
Pretos Na Moda
O Coletivo Pretos Na Moda é um movimento que luta por igualdade no mercado da moda. A ideia do grupo é promover criativos e modelos pretos, as marcas afro e lutar para que eles estejam presentes em todos os espaços da moda. Recentemente o coletivo teve sua primeira grande conquista quando foi instituído pelo São Paulo Fashion Week que 50% dos castings dos desfiles sejam compostos por negros, pardos, indígenas ou asiáticos.
Além dessa primeira conquista o Coletivo Pretos na Moda também lançou em parceria com o VAMO - Vetro Afro Indígena na Moda- o Projeto Sankofa.
(Fonte: Instagram Pretos na Moda)
O projeto oferece visibilidade e apoio a empreendedores racializados. O programa selecionou em parceria com a SPFW oito marcas para lançarem suas coleções durante o evento, além da produção de um fashion film.
A duração do projeto é de três edições do SPFW e, além dos desfiles e da produção do filme, as marcas vão contar com uma equipe de voluntários que oferecem serviços de advocacia, publicidade, administração, contabilidade e psicologia.
O movimento Pretos na Moda ressalta em sua comunicação que não luta por cotas de participação, mas sim por pertencimento, inclusão real, tanto na cadeia produtiva, quanto nos desfiles e campanhas de marketing.
ANAMAB - Associação Nacional da Moda Afro Brasileira
A Associação Nacional da Moda Afro Brasileira - ANAMAB é uma entidade sem fins lucrativos, criada para fortalecer as empresas da Moda Afro brasileira.
Fundada em 2012, esta associação começou a ser planejada no primeiro Seminário Nacional de Moda em Salvador, realizado pelo Ministério da Cultura em 2010.
O objetivo da criação da ANAMAB é promover e desenvolver a Moda Afro no Brasil, contemplando toda a cadeia criativa, produtiva e o empreendedorismo afro-brasileiro.
A Associação Nacional da Moda Afro Brasileira organiza diversos eventos e ações para promover o trabalho dos seus associados (Fonte: site ANAMAB)
A missão dessa entidade é promover pessoas pretas através da moda. A ANAMAB empodera essas pessoas proporcionando conhecimento com cursos e mentorias para diversas qualificações.
Qualificação técnica nas áreas de educação artística, artesanato e moda, e também qualificação nas áreas de administração, marketing e gestão de pessoas.
Enfim, as qualificações necessárias para empreender negócios de Moda Afro competitivos.
Além destes cursos e mentorias, a ANAMAB realiza feiras, encontros, seminários, pesquisas, desfiles de moda e ações para divulgar os trabalhos de seus associados.
De acordo com o site da ANAMAB, a entidade "também promove a Moda Afro para todos aqueles que se interessam pela cultura Afro-Brasileira e encontrem nela um referencial de riqueza e de potencial. Que encontrem não só o potencial de luta de inclusão social e cultural, mas também o potencial destes negócios de adesão à sustentabilidade, de consagração da religiosidade de outros povos e, principalmente, da inclusão de um diferente "jeito de ser"."
Feira Ébano
A Feira Ébano é um espaço multicultural de valorização e disseminação das culturas africana e afro-brasileiras. Surgiu a partir do desejo de empreendedores de moda de ampliar o alcance da moda afro e empoderar empreendedores pretos do setor da moda, arte e beleza de todo o Brasil.
(Fonte: Instagram Feira Ébano)
A Feira Ébano surgiu em 2015 liderada pela designer mineira Enia Dara. Antes do período da pandemia, a feira teve várias edições presenciais. Este evento promove a estética, a música, a moda e a cultura afro.
Com a suspensão dos eventos presenciais por causa do isolamento social, as redes sociais da Feira Ébano mantêm uma lista de empreendedores com seus canais de venda e redes sociais para continuar a promover a divulgação dos afro empreendedores.
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