Semana de Moda Indígena DIA 02

Marcas publicadas no DIA 02 da Semana de Moda Indígena blogModacad: AHO Express, Instituto KABU e KAMAYURA Moda Indígena. De 15 a 19 abr 2024, publicação de 16 negócios de moda indígena ativos no mercado, com dados de contato e compra, e um breve resumo de suas histórias de motivação e superação.

Semana de Moda Indígena DIA 02

A Semana de Moda Indígena no blogModacad é mais uma manifestação da nossa reverência a este patrimônio da cultura brasileira, tema recorrente em algumas de nossas publicações.

Vamos publicar, nos dias de 15 a 19 de abril de 2024, 16 negócios de moda indígena que conquistaram seu espaço no mercado.

Os textos vão trazer uma breve apresentação da oferta de valor do negócio, junto com os dados de contato e compra, para nossos leitores fazerem parte do sucesso destes empreendimentos.

As criações são lindas e com certeza provocam o desejo de vestir e usar os acessórios. Acreditamos que conhecer melhor estas criações é o bastante para um número cada vez maior de pessoas incorporarem estas peças ao guarda roupa brasileiro.

Com esta iniciativa o blogModacad quer fazer mais do que conhecer e divulgar a cultura indígena. Quer conectar as pessoas aos negócios de moda indígena, para todos fazermos parte do seu sucesso de mercado.

Por Telma Barcellos

Aho Express

Market Place de produtos artesanais de criadores de diversos povos indígenas brasileiros

https://www.ahoexpress.com/

Aho é um mantra ancestral que significa "que assim seja", "amém", "sim". Essa palavra  representa o respeito por todos os seres e todas as coisas, simbolizando empatia, gratidão e conexão com a memória dos antepassados.

O negócio de moda AHO se apresenta como uma ponte entre o passado e o presente, entre as culturas indígenas e a modernidade. Com o objetivo de ser instrumento de comunicação entre a floresta e a cidade, a AHO tem como missão disseminar as culturas tradicionais indígenas ribeirinhas e caboclas, produzindo de maneira sustentável e rentável para todos os envolvidos nos processos produtivos, sempre comprometidos com a preservação do meio ambiente.

Os produtos da AHO Express são produzidos pelas comunidades indígenas Ashaninka, Fulni-ô, Guarani M'Bya, Kariri Xocó, Kuikuro, Mehinako, Puyanawa, Ribeirinhes, Shanenawa, Terena, Yawanawá e Waurá.

Estas comunidades comercializam lindos colares, pulseiras, acessórios para cabeça, cintos, faixas e camisetas com motivos indígenas. '

Por meio da arte e do comércio justo, Aho tece laços entre pequenos produtores e colaboradores, promovendo o respeito pela natureza e pelas comunidades locais.

Em um mundo onde a preservação das culturas indígenas é uma emergência, empresas como Aho desempenham um papel crucial. Elas não apenas preservam tradições ancestrais, mas também oferecem oportunidades econômicas sustentáveis para as comunidades locais.

Instituto Kabu

Criações da cultura Kayapó Mebêngôkre

https://www.kabu.org.br/

Em meio à grandeza de propósitos e conquistas do Instituto Kabul, encontramos também sua loja virtual onde são comercializados bolsas, calçados e acessórios produzidos em aldeias da etnia Kaiapó Mebêngôkre, que se divide em sete sub-grupos: Mekrãgnotí, Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Metyktire e Xikrin.

Este trabalho de comercialização de criações indígenas, como todos os outros expostos nesta Semana de Moda Indígena blogModacad, realiza representatividade da identidade indígena no povo brasileiro e colabora com o fomento econômico de comunidades indígenas locais e parceiras.

Mas o Instituto Kabu, criado em 27 de março de 2008 por  três aldeias pioneiras – Baú, Pukany e Kubemkokre, tem por objetivo conquistar e manter a voz indígena no PBA - Plano Básico Ambiental da BR-163, vizinha às terras das 12 aldeias do Instituto, por onde trafegam mais de 2,5 mil carretas por dia e cujo asfaltamento foi finalizado em fevereiro de 2020.

O resultado desta iniciativa é que hoje o Instituto Kabul é uma das poucas instituições indígenas capazes de executar seu próprio PBA, reconhecido como um dos mais bem sucedidos do país.

A força identitária capaz desta luta para defender suas tribos e territórios tem também na sua história a atitude ativista de outras importantes causas.

Antes mesmo da fundação do Instituto Kabu, na aldeia Pukany nasce o Projeto Menire, que significa mulher na língua Kaiapó Menkragnoti. É um projeto para ampliar e fortalecer o protagonismo feminino na comunidade. Hoje, quase 20 anos depois, o projeto está investindo em empreendimentos de turismo criados e implementados pelas mulheres.

O sucesso desta nova iniciativa pode realizar e potencializar os mesmos efeitos da comercialização de criações indígenas, disseminando a cultura Kaiapó Menkragnoti e ampliando a representatividade dos povos originários na cultura brasileira e no mundo.

Uma coisa é certa, esta pesquisa sobre negócios de moda indígena está trazendo muito conhecimento sobre a realidade da interação dos povos originários com a sociedade brasileira onde eles estão inseridos.

No caso do Instituto Kabu, além de proteger as aldeias, a segurança ambiental, os hábitos e cultura Kaiapó Menkragnoti, é objetivo da maior importância capacitar os indígenas, oferecendo-lhes ferramentas e recursos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Kamayura Moda Indigena

Estilista Patrícia Naiara Kamayurá

@kamayura_moda_indigena

Desde jovem, Patrícia tinha o sonho de produzir suas próprias roupas, incorporando elementos da arte ancestral indígena em suas criações. Para ela, a moda é mais do que uma expressão estética; é uma forma de resistência e afirmação cultural. Em suas peças, Patrícia busca retratar a resistência e a luta de seu povo, preservando os grafismos milenares que carregam consigo a história e a espiritualidade do povo Kamayurá.

Seus chemises e kimonos estampam o grafismo milenar “Pirá’kang”, convidando todos a mergulharem na cultura viva de seu povo. Em suas criações, Patrícia celebra sua herança cultural, mas também desafia estereótipos e promove o reconhecimento e o respeito pela diversidade étnica do Brasil.

A estilista considera que a moda indígena é uma forma de resistência e luta pela preservação cultural. Os grafismos desenhados em suas criações são mais que referências estéticas, são símbolos de uma herança ancestral que resistiu ao longo dos séculos.

“Sou artista, estilista, empreendedora e ativista. Trabalho com arte indígena desde os 16 anos. Faço parte do “Movimento das Mulheres Indígenas do Brasil”. Fui vencedora do prêmio “Mulheres Combativas do Futuro”, em 2020."  Patrícia Naiara Kamayurá

"Transformando cortes de costura, linhas e agulhas em instrumentos de manifestação cultural" é como esta estilista define seu trabalho na moda. Poético!

Patrícia nasceu no território indígena do Xingu, Mato Grosso e tem como lema “Do chão da Aldeia para o Chão do Mundo”, para falar de sua missão de difundir a cultura e a identidade indígenas por meio da moda.

Gostou dos negócios de moda apresentados no DIA 02 da Semana de Moda Indígena blogModacad? Não perca a sequência nos dias 03, 04 e 05 ao longo desta semana! E não deixe de conferir também as marcas publicadas no texto do dia 01.

Nós da equipe Modacad agradecemos o seu interesse pelo nosso trabalho aqui no blog e te convidamos para conhecer o appModacad com uma coleção de modelos com os moldes para o corte e costura.

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