Técnicas de estamparia corrida rotativa e por quadros
Estampar tecidos com excelência exige matrizes adequadas à cada técnica de estampa. Estampa corrida rotativa cilíndrica ou por quadros. Entendendo o que é o rapport no desenho de estampas corridas e o que é a separação de cores da policromia na gravação das matrizes de impressão da estampa no tecido
Precisamos começar este assunto explicando o que é estampa corrida. De forma bem resumida, podemos dizer que a estampa corrida é uma imagem que cobre toda a superfície estampada, que não se limita a um espaço localizado nesta área.
Este tipo de estampa é desenhada para estampar sem limite de comprimento e só é limitada na largura por causa da constituição dos tecidos. Isto é, se o tecido não fosse fabricado com uma largura determinada, os desenhos para estampa corrida poderiam se desdobrar infinitamente também na largura.
Para entender como isso é possível, é preciso entender o que é um rapport. O rapport é uma unidade de desenho que se repetirá por toda a extensão e largura do tecido. O desenho desta unidade é criado para que não se perceba a emenda entre as unidades que se repetem, causando o efeito de uma imagem sem interupções, uma imagem única em toda a sua extensão.
Estampas corridas podem ser executadas pelas técnicas quadro a quadro, cilindro, sublimação e a até pela impressão digital.
Estamparia corrida quadro a quadro
Nesta técnica os quadros da estampa corrida são gravados em telas serigráficas. E a impressão da tinta no tecido também é feita da mesma forma. Lembrando que neste processo que usa a separação de cores da policromia para gravar e estampar as cores separadamente, o registro das telas para uma sobreposição perfeita das cores é muito importante.
Mas o fundamental para executar estampa corrida a quadros é o cuidado com as emendas para não comprometer o efeito de uma imagem única em toda a extensão estampada no tecido.
(Crédito:Thaisign/iStock)
Este processo pode ser feito de forma manual ou automatizada.
Nas máquinas à quadro automáticas, o tampo da mesa é uma esteira rolante e os quadros, instalados de forma a serem acionados mecanicamente, vão subindo e descendo, imprimindo o tecido, a medida que a esteira rolante vai andando num deslocamento pré-estabelecido (medida do rapport - ou atacadura em português, do desenho a ser repetido)
Estamparia corrida feita por cilindros
A estamparia corrida por cilindros é um processo automatizado. As máquinas podem estampar extensões muito maiores em um tempo muito reduzido comparado à estamparia corrida quadro a quadro. Existem máquinas capazes de estampar até 60 metros por minuto.
O processo ainda assim é similar ao processo quadro a quadro. Isto é, este processo usa a separação de cores da policromia para gravar os cilindros e estampar as cores separadamente.
As máquinas de cilindros estapam de 6 a 12 cores, imprimindo cada cor em um cilindro diferente, dispostos em uma sequência pré determinada na máquina. A combinação entre estas cores permite imprimir um número de cores e nuances incalculável. Sabemos que com as três cores primárias - o ciano, o amarelo e o magenta, podemos reproduzir todas as cores da natureza. Com o preto, que é ausência de luz e o branco, que é a presença de todas estas luzes, completamos uma escala com apenas 5 cores básicas. Mas existem máquinas com cilíndros para de 6 a 12 cores, superando esta escala de cores primária, ampliando ainda mais as possibilidades imagéticas das estampas.
Neste processo, o tecido passa continuamente pela seqüência de cilindros, ajustado a uma esteira em movimento. Quando a máquina é acionada, a esteira com o tecido anda e os cilindros entram em movimento de rotação. A rasqueta força a saída da tinta em pasta pela superfície gravada e vazada de cada cilindro para imprimir a cor sobre o tecido.
Sublimação e impressão digital
Estes processos são o tema de um outro post aqui no BlogModacad. Mas de forma bem resumida, este dois processos eliminam a gravação de matrizes e a separação de cores da policromia. Seu processo de estampa é feito por impressoras direto sobre o tecido, no caso da impressão digital, ou sobre o papel sublimático, no caso da técnica de transfer, em que a imagem é transferida do papel para o tecido por uma prensa de calor.
A sublimação e a impressão digital estampam sem distinção estampas corridas ou localizadas. E ainda estampam imagens retratando transparências, luzes e texturas sutis, impossíveis de serem estampadas com fidelidade sobre tecido a bem pouco tempo atrás.
(Crédito:Kosamtu/iStock)
Isso é possível por causa da precisão da fonte de dados das imagens, computadores ou máquinas fotográficas digitais, e da eliminação do processo de separação de cores da policromia, com a incrível vantagem de eliminar os erros de registros nas estampas.
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