Técnicas de estamparia, matrizes digitais
O processo de estamparia tradicional através de telas ou cilindros exige investimento técnico e financeiro na produção destas matrizes. Esse investimento tem o seu custo dividido pelo número de unidades estampadas.
Para que o custo final do tecido estampado seja operacional, a quantidade mínima de peças - no caso de estampas localizadas, ou a quantidade mínima de metros - no caso de estampa corrida em tecidos, deve ser alta.
Resumindo, conforme o custo das matrizes, só é possível estampar acima de centenas de peças ou metros e até mesmo, acima de milhares. Este é o caso, por exemplo, da estamparia corrida para tecidos como a lycra.
As técnicas de estamparia com matrizes digitais resolveram este problema. As estampas são impressas por impressoras que recebem os dados, a imagem, e os cartuchos de tintas depositam as cores sobre o papel ou tecido, conforme o desenho.
As matrizes deixam de ser físicas. Agora são dados interpretados por um equipamento. As principais vantagens destas tecnologias são a libertação da exigência de quantidade mínima e a fidelidade das imagens.
Soma-se a isso a incrível vantagem de eliminar os erros de registros nas estampas, cores impressas fora do lugar, porque as impressoras imprimem todas as cores simultaneamente, com precisão absoluta.
E exatamente por isso, a vantagem de eliminar a perda de tecido ou de peças confeccionadas por causa de erros na reprodução das estampas.
Mas a lista de vantagens não pára por aí. A estamparia digital tem um impacto ambiental bem menor do que os processos de estamparia tradicionais.
E para fechar a lista de vantagens com chave de ouro, o salto de qualidade nas imagens estampadas. Por causa da precisão da fonte de dados das imagens, computadores ou máquinas fotográficas digitais, e da eliminação do processo de separação de cores da policromia, hoje é possível estampar imagens que não podíamos nem sonhar a bem pouco tempo atrás.
Neste texto vamos conhecer as principais técnicas de estamparia com matrizes digitais:
Transferência ou Transfer
Este é um dos métodos de estamparia mais utilizados no mercado atualmente. É feito a partir de uma imagem impressa ou desenhada em um papel transfer, que é "transferida" para o tecido em uma prensa a calor.
A imagem é estampada no tecido através desta pressão a calor que derrete a tinta da impressão e o transfer no papel, para eles serem absorvidos pelo tecido. O tranfer é o suporte da impressão e também fica aplicado ao tecido, junto com a imagem estampada.
Sem quantidade mínima, com baixo custo e alta lucratividade, o único porém desta tecnologia é a nítida aparência de adesivo grudado no tecido e a durabilidade mais instável, podendo perder cores nas primeiras lavagens.
Sublimação
A sublimação também utiliza uma prensa térmica e imagem impressa em papel, porém é um papel específico - o papel sublimático. A transferência da imagem não é direta, o que diferencia este processo do processo de Transfer, pois o material sólido se transforma em gasoso sem se tornar líquido.
O principal diferencial dessa técnica é a durabilidade e a qualidade das estampas. Além de roupas, é possível estampar variados materiais usando a sublimação, entre eles, canecas, chinelos e tecidos em geral.
Impressão digital têxtil
A estamparia digital elimina qualquer suporte entre a tinta e o tecido. Não há o papel tranfer nem o sublimático. Os dados são interpretados pela impressora e os cartuchos de tintas depositam as cores diretamente sobre o tecido, conforme o desenho.
Isso faz com que a estampa criada seja impressa nos tecidos com uma riqueza impressionante de cores e detalhes, ao mesmo tempo que mantem a textura, o caimento e a beleza original dos tecidos.
Esta tecnologia estampa em alta resolução desenhos com os mais variados tons simultaneamente. Por isso hoje é possível estampar imagens retratando transparências, luzes e texturas sutis, impossíveis de serem estampadas com fidelidade a bem pouco tempo atrás.
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Considerada um dos métodos mais sustentáveis de estamparia, a estamparia digital vem ganhando a simpatia das confecções slow fashion, eco fashion e marcas que buscam sutentabilidade em seus processos produtivos. Estas confecções, até então, preferiam não estampar seus tecidos para evitar o desperdício de material dos processos de estamparia tradicionais. Além do impacto ambiental das perdas de tecido ou até de peças prontas por causa de erros de impressão, a poluição do meio ambiente causada pelos processos produtivos dos químicos e tintas se soma também aos gastos de energia e de outros fatores.
Depois de conhecer Técnicas de estamparia - Matrizes digitais aqui no BlogModacad, leia também os outros posts da série Técnicas de estamparia:
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Técnicas de estamparia - Manuais e semi manuais.
Técnicas de estamparia - Estampa corrida rotativa e por quadros
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