Cores na Moda - história e significados

(Foto de capa- pxHere)

Além de estarem entre os elementos mais importantes no mundo da moda, as cores tem histórias interessantes a respeito de sua origem e significados. Em alguns momentos da história, estes significados foram algo diferente de branco cor da paz, verde cor da esperança ou azul cor da calma. E é sobre isso que nós vamos falar neste post.

Você sabe o qual a definição de cor? De acordo com o site significados é “a impressão que a luz refletida ou absorvida pelos corpos produz nos olhos. A cor branca representa as sete cores do espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. A cor preta é a inexistência de cor ou ausência de luz.”
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As cores podem ser divididas em grupos. As cores primárias são o azul, o amarelo e o magenta. E é através da mistura dessas cores que surgem as cores secundárias, depois as terciárias e assim por diante.

História e Curiosidades

Dentro da história das cores , supõe-se que um dos primeiros pigmentos a serem descobertos foi o vermelho, uma vez que há muitos registros de pinturas rupestres de tons avermelhados. No Antigo Egito, os egípcios utilizavam pigmentos vermelhos para pintar seus corpos durante as celebrações sagradas, pois acreditavam que essa cor representava saúde, vitória e a vida.

Traje tradicional chinês (Fonte: Ryo_stockPhoto)

Os maias, europeus e chineses relacionavam esta cor à autoridade e majestade dos impérios.
Existe uma história interessante envolvendo a cor vermelha e a religião cristã. Antes da expansão do cristianismo as vestes dos sacerdotes eram roxas. Foi através de um decreto do Papa Paulo II, no ano 1464, que se tornaram vermelhas para simbolizar o sangue de Cristo.
Cor vibrante e carregada de tantos significados, o vermelho é muito importante na história da moda.
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Passeando um pouco pelo universo das cores na moda, podemos ver que em diversos momentos da história, a cor das roupas refletiu a classe social das pessoas. Na Idade Média o vermelho tinha uma posição de destaque, pois era a cor usada pela nobreza. As cores cinza e marrom eram usadas por camponeses, e o verde era usado pelos comerciantes e burgueses.
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Durante o Império Bizantino - sec V ao sec XV, a cor roxa era de uso exclusivo dos nobres. Existiam leis que proibiam cidadãos comuns de usa-la e o fornecimento da tinta era controlado. Mesmo após muito tempo, nos séculos XVIII e XIX, a cor roxa ainda era considerada uma cor exclusiva da aristocracia, devido ao seu alto custo de produção.
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Sobre o preto existem muitas curiosidades. Além da sua associação a coisas negativas, ao luto e à sobriedade das roupas sacerdotais, está o fato de que na década de 20 ele começa a se tornar oficialmente sinônimo de elegância e sofisticação, através da moda disruptiva de Coco Chanel. Para Chanel, um único vestido preto vestia muito bem uma mulher para diversas ocasiões.
Algumas décadas depois, nos anos 60, Audrey Hepburn consagrou a fama desta cor ao estrelar o icônico filme Bonequinha de Luxo, com o vestido preto criado pelo estilista Givenchy.

A cor branca também se tornou a cor oficial do Papa, por simbolizar a pureza, castidade e virtude (Fonte: Birute- iStock)

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Já o branco tem uma forte ligação com coisas positivas, paz e tranquilidade. No Egito Antigo a cor era associada à Deusa Isis e seus sacerdotes se vestiam sempre com linho branco. A cor branca também se tornou a cor oficial do Papa, por simbolizar a pureza, castidade e virtude. Apesar de considerarmos a cor preta como símbolo de luto, a cor branca também pode ser assim considerada em algumas culturas orientais como Índia e Japão.

A cor dourada/amarela na antiguidade foi relacionada à riqueza. Atualmente, além desse significado, o amarelo também está relacionado à alegria. Porém em determinados períodos da história ele já representou a tristeza. A cor amarela foi considerada na época medieval como a cor da vestimenta de Judas, apóstolo que representa as idéias de inveja e heresia.
Em outro contexto histórico, o amarelo foi a cor determinada para as vestimentas de não cristãos, isto é, usada para sinalizar uma segregação religiosa. Inclusive é por esse motivo que a estrela impressa nos uniformes dos judeus durante o período do holocausto era amarela.

O azul transmitia nobreza e essa era a cor retratada no manto da Virgem Maria (Fonte: "Madonna e o Menino" - Masaccio)

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Já a cor azul está relacionada à distinção e também à riqueza desde os tempos antigos. Os egípcios inclusive a relacionavam às divindades, por ser essa a cor do céu. Para os artistas da Idade Média, o azul transmitia nobreza e essa era a cor retratada no manto da Virgem Maria.
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Outra curiosidade sobre o azul é que durante um período ele foi associado à feminilidade e delicadeza, e o rosa, uma cor relacionada à força e vitalidade masculina. Um contexto bem diferente do nosso atual, não é mesmo?

Sempre houveram muitas discordâncias sobre o significado destas duas cores, até que em 1980 ficou, de certa forma, estabelecido que o rosa era feminino e o azul masculino. Porém, atualmente há uma forte discussão a respeito do tema, defendendo que não há cores específicas para cada gênero. Que crianças e adultos devem escolher as cores de suas roupas de acordo com suas preferências.

Círculo Cromático
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Como já falamos aqui no post sobre as divisões das cores, vamos entender um pouco melhor este assunto falando sobre o círculo cromático. Ele é formado pelas três cores primárias, as três cores secundárias e as 6 cores terciárias. Com esse conjunto de 12 cores é possível criar todas as outras cores que existem.

Além disso, em cada cor, primária, secundária ou terciária, é possível perceber diferentes tons a partir de condições como a saturação, temperatura, sombra ou brilho.
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A saturação é a intensidade da cor. Um jeito bem fácil de você identificar isso é que as cores com alta saturação são mais fortes, mais intensas e mais luminosas. Na moda são as cores usadas para transmitir mais ousadia e emoção. Enquanto as cores de baixa saturação, mais pálidas, são utilizadas para transmitir mais sutileza e elegância a uma peça.
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As cores também podem ser divididas pela temperatura: cores quentes e cores frias. As quentes se destacam mais e transmitem uma sensação de extroversão. As frias transmitem a sensação de discrição.
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O círculo cromático é muito usado por consultoras de imagem e estilo para auxiliar suas clientes nas escolhas de peças e montagens de looks. De acordo com o site Re.forma Visual, existem quatro formas de utilizá-lo:

Monocromático
Looks monocromáticos são criados com peças da mesma cor, podendo ou não ter variações de saturação desta cor entre as peças, acessórios e maquiagem. Looks monocromáticos são harmonizados com poucos elementos de uma segunda e ou terceira cor, em áreas reduzidas, sem quebrar o impacto da cor dominante. Estes looks transmitem mais seriedade e elegância.
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(Crédito:max-kegfire/iStock)

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Cores análogas
As cores análogas são as que estão antes ou depois da cor que você escolher no círculo cromático. Como as cores análogas são vizinhas no círculo cromático, são muito parecidas. Também é possível utilizar nesse método as cores que estão separadas por uma cor. Assim como o monocromático, essas combinações também são muito elegantes, a diferença é que dão um ar mais jovial ao look.
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(Crédito:darkbird77/iStock)

Cores Complementares
As cores complementares são as cores opostas no círculo cromático, por isso elas formam combinações bem contrastantes. Essas montagens de looks são mais informais, ousadas e criativas.
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(Crédito:Deagreez/iStock)

Cores Tríades
A combinação em tríade é uma outra forma de combinar cores complementares. O princípio é o mesmo e as mensagens que esses looks transmitem também se relacionam com a informalidade, ousadia e criatividade. Como já vimos aqui, quanto mais cor um look tiver, mais informal ele é e essas combinações são super impactantes.
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(Crédito - Pxfuel.com)

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